24 março 2006

A voz do coração...

Não sei o que dói mais... A perda definitiva ou as suas palavras, doces, que esperei tanto por ouvir. Ou ainda a vontade imensa de tê-lo a meu lado. Às vezes, palavras que parecem opostas são, na verdade, complementares. Às vezes, os verbos não são passíveis de confusão, pois se completam e, juntos, querem dizer a mesma coisa. Ser e Estar, na nossa história, são um só verbo, querem dizer a mesma coisa, chegam a um só resultado: ser meu e estar comigo. Porque eu não consigo conceber um sem o outro. Porque eu não consigo ver um sem o outro. Porém, hoje, ambos separaram-se. Hoje, eles nada mais dizem. Porque eu não sou mais tua, e você não está mais comigo. Hoje, esses verbos estão no Pretérito. E apesar das doces palavras que ouvi, sei que são apenas palavras. Belas palavras para se guardar na memória, acalentar os sonhos, embalar as lembranças. Nada mais. A realidade hoje é muda. Muda, pois não tenho palavras para expressar o que sinto. Muda, pois não tenho mais como te falar de meu amor. Muda, porque estou absolutamente sem voz, assim como em meu peito, hoje, bate um coração apático. Que bate por obrigação, dever de me manter viva. Não bate mais com paixão. Não deve mais bater com paixão. É doloroso admitir isso... mas devo esquecê-lo. Vai ser doloroso, mas vou conseguir... Está doendo, mas vou resistir. Estou calada, mas vou reaprender a falar de amor, para um outro alguém. Vai demorar, mas vou conseguir. Pode até ser que não fale de um amor tão profundo, tão transcendental... esse ficou com você. Sabe Deus se um dia te encontro de novo em algum outro plano... Mas, se encontrar, saberei, pois meu coração voltará a sorrir e a cantar...

19/09/2000

Partida...




Saber o momento de partir é uma grande virtude. Na verdade, é uma das maiores virtudes, pois em todas as situações há a partida: partimos de uma fase de nossa vida para outra, partimos de um relacionamento para outro, partimos em busca de nosso próprio destino, partimos atrás de nossos ideais, partimos até mesmo da própria vida. Mas nem sempre conseguimos divisar a hora certa de partir, e às vezes não conseguimos partir quando deveríamos. Geralmente nos despedimos antes de ir, e às vezes ainda ficamos tentando nos equilibrar entre um lugar e outro. Mas, definitivamente, existem ocasiões nas quais as despedidas de nada adiantam, o fato de saber ser hora de ir nada quer dizer. E isso acontece, geralmente, quando a despedida envolve duas pessoas. Mas existem casos, ainda, em que as despedidas, apesar de demoradas, são definitivas. São casos que não toleram a volta. São casos que não admitem a mudança de rota. Posso dizer que a nossa foi uma despedida dessa espécie. Demorou para acontecer, mas quando se efetivou, foi definitiva. Posso dizer tranquilamente que hoje estou pronta para um novo amor. E que nossos olhares passaram a ser absolutamente fraternais. Mesmo assim, obrigada por Ter sido sempre meu porto, meu ponto de partida, meu ancoradouro seguro. Hoje saio, navegando tranquilamente, para não mais voltar. Guarde-me como lembrança, doce recordação, e saiba que muito te amei...

20/09/2000

07 março 2006

Uma carta...

Ainda há pouco vi você sorrindo... tão lindo! Tive vontade de me aproximar, mas temi ser inoportuna... estava tão ocupado! Ontem mesmo, quando te procurei, você estava entretido e nem me notou. Não faz mal! Você sabe que estarei sempre por perto, não importa o que aconteça. Tenho o gênio forte, e teimosia é a minha marca pessoal. Enquanto não me deixar falar com você, esperarei. Ainda há poucos minutos, procurei teu olhar, mas ele estava perdido no horizonte. Não quis interromper o curso dos teus pensamentos. Me pareceram tão sérios, seu semblante estava sombrio... Quando se sentir assim, procure por mim. Sempre saberei ouvi-lo. Lembra aquele dia em que você sofria e se sentia solitário? Aquele dia em que seus problemas explodiram todos de uma só vez, e você lamentou não poder contar a ninguém e com ninguém... Pois é, você nem viu, mas eu estava ali e sabia o que estava acontecendo. Mas você não notou, não percebeu. E hoje estou aqui novamente. Onde sempre estarei: a seu lado. Só depende de você me chamar... Ah! Você não sabe meu nome, não é? Tenho dois, mas sou apenas um: pode me chamar por qualquer um deles, que não há problema. Tenho alguns apelidos também, que você pode usar. De qualquer forma, saberei o dia em que você quiser falar comigo. Vou SENTIR. Pois estamos interligados, sou parte de você, e você de mim. Meu nome? Me chamo Amor, e meu segundo nome é Amizade. Meus apelidos? Tesão, Desejo, Carinho, Ternura, Paixão, Doçura, Satisfação, Bem Querer, Cumplicidade. E mais alguns dos quais não me recordo no momento. Mas lembre-se: estou aqui. Basta olhar, basta pensar, ou apenas sentir, e virei... sempre!

30 janeiro 2006

A você...

antes era só o vazio... mas de repente o mundo se tornou mais colorido, mais vivo. comecei a sentir prazer em acordar, comecei a perceber a passagem do tempo, e a me impacientar com isso. passei a ter vontade de que os minutos seguissem apenas a minha vontade. comecei a me vestir com mais capricho, e a me perfumar ainda mais... fiquei mais feliz e mais leve, e pude novamente sentir a música nos mais simples gestos. é... parece que me apaixonei. Será que você sabe por quem?

Maio/2001

27 janeiro 2006

Adolescentes


Como dois adolescentes,
Nossos olhares se buscando,
Nossos dedos entrelaçados,
Nossos lábios colados,
Nossos corpos se moldando,

Como dois adolescentes,
O riso sobrepõe-se à palavra,
A palavra sobrepuja o gesto,
O gesto ultrapassa os sentidos,
Os sentidos, aguçados, nos expõem a emoção,
A emoção apaga a razão.

Como dois adolescentes,
Felizes,
Amados,
Apaixonados...

Dezembro/2003

Algo que não se concretizou...

Alma maravilhosa
Olhos sorridentes
Riso encantador

Olhar profundo
Lábios deliciosos
Coração puro

Ansiedade em te encontrar
Surpresa divina!

A procura acabou
Te achei!

Enfim juntos, para sempre!
Minha base, minha vida!

Eu amo você, eternamente!

"escrito por João Eduardo Zapata Lorite, para Lisandra, em 2004.

Declaração.

Uma luz perene. É assim que te vejo! Quando te vejo, meu amor, meu coração salta mais forte e meus olhos sorriem, mesmo que banhados em lágrimas. Por você sou capaz de muita coisa que nunca pensei que fosse. Por você faço loucuras, sem correr o mínimo risco de me arrepender, pois sei que tudo o que fizer vai encontrar retorno, tudo o que disser vai encontrar um sorriso, tudo o que te der vai te agradar. Não vou dizer que é fácil, ainda mais por causa da minha inexperiência. Mas você tem me ensinado demais. E eu gostaria de estar à altura dos seus ensinamentos. Afinal, almas que se encontram assim como as nossas se encontraram são raras. Pode ser que aconteçam alguns atritos às vezes, e acredito que vão mesmo ocorrer, mas tenho certeza de que nós vamos superar com classe e muito amor. Como te amo! E como tenho orgulho de ter você ao meu lado! Como é bom poder contar com sua presença sempre, como um bálsamo minimizando tudo o que de ruim eu possa estar sentindo. Sabe, pouco antes de você chegar, eu achava que a vida era ruim. Hoje penso que ela só é difícil, mas que cabe a nós dar um jeitinho. E você é a pessoa que veio para me ajudar a dar esse jeitinho. Com seu sorriso encantador, sua luz sempre brilhando, seu carinho transbordando, suas palavras tão deliciosas de serem ouvidas, você trouxe o alento para as horas amargas, o encorajamento para as situações difíceis e a maravilha de sermos uma só pessoa. Obrigada por existir. Você está sempre nas minhas orações, e nelas também peço para que nunca nos afastemos, nem ao menos em pensamento. E, antes de terminar, deixe te contar um segredo: tenho orgulho de ser sua mãe. E sou muito grata a Deus por ter colocado você em minha vida, minha pequenina estrela, meu amor. Te amo, filha. Como jamais amei antes, e como jamais imaginei que fosse possível amar. Da tua mãezinha...

Criado em 15/09/2000


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Falar de sentimentos é sempre complicado. Criei este blog mais para desabafar do que para ser vista.
Os sentimentos fluem, florescem. A vida vai passando. Nem sempre conseguimos compreender o que estamos sentindo. E nem sempre, aliás, quase nunca, conseguimos deter esses sentimentos.
E é para falar deles que estou aqui...